sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Origem da Doutrina Cap. V (2)

Outro fim-de-semana. Novamente em Évora. Jantámos por lá. E foi durante o jantar no meio de risadas e conversas tolas que, meio a brincar meio a sério, te convidei para ires comigo para Lisboa. :) Para surpresa minha disses-te rapidamente que sim. Ou nem pensaste, ou já tinhas pensado em ir e aguardavas apenas o convite! (há que aprender a tomar a iniciativa e colar-se logo! A nossa sorte é eu ser latosa! eheheh);)
A viagem – por auto-estrada, que a ansiedade era muita. Falámos, sei que o fizemos mas não faço ideia do quê. Aqueles cento e tantos kilómetros passaram a correr mas demasiado devagar para quem a urgência em chegar era muita.
Chegadas a Lisboa, ainda passámos por um concerto dos Xutos em pleno Terreiro do Paço! Ficas-te contente! Rimos, cantámos! Rimos mais um pouco!
Quando chegámos conseguimos manter uma normalidade inesperada para quem por dentro estava em pulgas. Ambas sabíamos que aquela noite seria a Nossa noite. Nossa porquê!? Esperávamos uma definição, um selar daquilo que sentíamos cada uma por seu lado e as duas juntas. Queríamos certezas! Ingenuidade nossa! A partir daí veio um mar de incertezas, de questões, de reflexões… mas de uma felicidade que nunca tinha conhecido igual.


Era meia-noite e meia, e porque eu tinha um teste insistis-te que eu tinha que estudar, ou, porque tu tinhas um trabalho insisti que trabalhasses. Acho que era apenas um prolongar de uma ansiedade que já durava há demasiado tempo. Masoquistas nós!
Olhava para o livro que ilustrava as diferentes pegas de uma raquete de ténis, mas na realidade não via nada para além de ti, sentada na minha cama a passar folhas de um livro que falava de Prazeres (e haveria melhor prenúncio que esse!? ;) ). Juntei-me a ti, desistindo do estudo que nunca o foi. E discutimos quais os prazeres que encontrávamos no que de mais banal temos na vida. (abstenho-me de relatar quais foram! Eheheh) Não me recordo em que momento decidimos ir dormir…mas fomos. Ao apagar a luz do candeeiro da mesinha de cabeceira, foi como se tivesse carregado no interruptor TURBO do meu coração que disparou que nem louco.



O silêncio que ocupava o espaço entre nós não foi barreira para o lento aproximar dos nossos corpos. Num ligeiro e silencioso deslizar toquei na tua anca. E foi como se de um novo despertar se trata-se.
A cada toque, cada vez mais próximo e frequente, um novo sentir. A sensibilidade afinada da pele que te procurava, o calor do desejo que por ti sentia, aquele arrepio na nuca quando no momento deparei com o doce e quente ar que vinha dos teus lábios entreabertos numa respiração já acelerada. Não sei se foram segundos ou minutos que se passaram ali, assim sentindo-te, querendo-te. Mas a verdade é que querendo-nos não temi, não pensei, apenas senti. E aquilo que senti quando os meus lábios tocaram nos teus, num leve beijo que rapidamente se transformou num beijo longo, profundo e húmido que jamais tinha provado igual. Podia dizer com palavras bonitas e simbólicas que voei, que me senti abraçada por algo fofo e reconfortante, mas não, eu senti-te, senti cada pedaço de ti, senti-me arrepiar, senti-te arrepiar, senti a tua saliva doce e quente, senti a tua língua na minha, senti-te tanto e amei-te ali naquele mesmo instante num simples beijo. E quando acordei e me libertei um pouco daquele sentimento, tive medo, muito medo. Medo de ti, do que poderias pensar. Sei que o beijo foi a duas, que tu mergulhas-te nele tanto quanto eu, mas o que senti foi tão…tão forte, tão completo… que estremeci ao pensar como poderia sentir aquilo que senti num beijo, no teu beijo. E saí de cima de ti, deitei-me na minha almofada não muito longe de ti (claro! A cama era minúscula), e senti-te a aproximar… E seres tu a beijar-me com tanto carinho, tão suave e sentido voltei a mim e senti-me tão feliz, tão desejada e com tanta vontade de não me libertar mais desse beijo. E não me libertei até hoje, acho que nunca o vou fazer. ;)
Foi só mais um beijinho que demos nessa noite, isso se contar como mais um, porque apenas parámos para respirar e continuamos no acto contínuo de mais uma cena de amor em que os amantes se beijam à luz do luar! E o resto da noite ali ficámos abraçadas como se a cama fosse ainda mais pequena do que aquilo que realmente era, apenas com um sorriso sem uma única palavra – essas não eram necessárias.

8 comentários:

Buu disse...

Acho...acho que disse tudo o que poderia querer dizer na conversa há pouco sobre tudo o que post me fez sentir e reviver...


...bum!

Sou feliz!

*

Anónimo disse...

Desde que te ofereceste para me deixar em Évora que vivi todos os minutos em pura ansiedade, porque seria...e foi nessa ansiedade/pressa em estar só contigo que fui contigo. Esboçavamos ambas um sorriso eu sentia-me anestesiada, mas em momento algum me interroguei o porquê, so estava feliz... e hoje SOU FELIZ!
AMO-TE!mtmtmtmtmtmt

Gayja disse...

É pá... Esta história é mesmo gira! Acho que já fiquei viciada nesta novela! ;)
Há mais? Há mais? :)

*bj*

Anónimo disse...

=') ...

Troca e Tintas disse...

Também queremos mais!!! Tão lindoooo :) Remete-nos um pouco para a nossa história! Um grande beijinho para vocês, continuem a ser felizes!

Estrelaminha disse...

divinal!!!
fiquem bem. :-)

MOON disse...

Pois são capitulos lindos de uma historia de amor ...muito bonita a vossa historia espero k esse amor k vos une seja eterno ...jinhoss

Ég Bani disse...

Espero bem que haja mais! Enquanto o coração permanecer apaixonado haverá sempre novos capítulos, porque a origem da paixão está na sua constante renovação.