A Origem da Doutrina Cap. I

Não éramos desconhecidas quando nos apaixonámos. Redescobrimo-nos de uma forma que nunca esperaríamos. Isso mudou as nossas vidas, dando-lhe um rumo convergente prometendo um futuro (e um passado e presente, também), antes de qualquer outra coisa, de felicidade.

Não me recordo da primeira vez que nos vimos. E parecendo que não, isso ñ me entristece. Devia ter os meus 5 anos :D , e tu os teus 7 aninhos de miúda escanzelada (sim que das tuas canelas fininhas lembro-me ;) ). Conhecemo-nos então graças à minha amizade com a tua prima que andava comigo à escola. Os encontros eram fugazes e foram-no até nos reencontrar-mos aquando a minha entrada na equipa de natação onde tu já eras croma (ganda nadadora o meu amor! J). Mas foram poucas as ocasiões em que falávamos ou estávamos juntas. Eu continuava a andar muito com a tua prima o que fazia com que nos cruzássemos mais vezes. E nem era por morarmos longe uma da outra. É verdade!? Porque não ficamos amigas!? Eu sei que simpatizaste comigo. Não digo que também simpatizei contigo porque isso é óbvio. Sempre fui uma miúda sociável (e adorável também! Cof cof). Já tu! Eras um pouco mais esquiva. Ainda hoje o és. ;) Mas pronto éramos meras conhecidas.

Mais tarde, já no ciclo (e tu no liceu) tornámo-nos rivais. Rivais numa competitividade saudável claro, nos animados e renhidos jogos de Futsal que nos oponham por pertencermos a equipas distintas. E, apesar de todas detestar-mos os elementos da tua equipa tu eras a única que eras toda sorrisos (apesar da sempre presente timidez).
Quando já estava no liceu e pertencíamos à mesma equipa (de Futsal ;) ), já podemos falar de uma pequena (mas pequenina) amizade. Mas como eras mais velha e pertencias a outro grupo no liceu, não passava de animados convívios em treinos, jogos e competições fora e dentro de casa. Vem sempre á memória o famoso vídeo (que perdeste!) de nós com 13/15 anos num qualquer hotel durante um torneio, em que ríamos feitas perdidas de tudo e de nada. Tu eras fofinha (e ainda és). E vendo agora, já nessa altura ficávamos bem juntinhas. Tínhamos uma cumplicidade, uma naturalidade de gestos e palavras uma para com a outra que não se encontra facilmente nas relações interpessoais (isto foi muito técnico mas saiu…ficou).

continua...