quarta-feira, 9 de abril de 2008

A Origem da Doutrina Cap. III

A maior proximidade física despertava em nós sentimentos fáceis de aceitar quando encontrados no género oposto. A atracção crescente que ultrapassava a barreira da amizade era evidente. Mas para nós era apenas vivencial, e era vivida com uma intensidade estonteante. E queríamos mais, sempre mais. E quando falo em proximidade física não me refiro a acções de índole evidentemente sexual (pelo menos por agora! ;)), mas aquele calor que crescia quando assistíamos a um filme de mãos dadas por baixo de uma manta. Ou como era quente o teu abraço. Ou talvez até como me perdia muitas vezes a olhar nos teus olhos (vejo isso agora porque continua a acontecer, mas antes nem me dava conta).



Bem! Acho que ficámos sem saída. ;)
E, agora percebo como, apesar de tudo, fomos tremendamente resistentes e não cedemos ao primeiro impulso (falo por mim).

Naquela noite em Évora em que falávamos meio abraçadas (sim que nas noites ou pedaços de noites antes partilhadas na mesma cama ou era eu que te chutava ou eras tu que me pontapeavas enquanto dormias, e de abraços nada), de luzes apagadas, as carícias surgiram com tal naturalidade que não existiram qualquer entraves ao lhes dar continuidade. Essa dita continuidade resultou num crescente aumento de temperatura. E as carícias não deixaram de ser inocentes (á vista desarmada! ;)), mas o peso de cada uma delas era medido pelo acelerar da nossa respiração e o crescente calor debaixo das mantas. Carícias simples que rodeavam o teu umbigo e as minhas curvinhas (depois sim, seriam minhas! ;) ), sem nunca passar os limites da linha da cuequinha e do soutien (que somos moças respeitadoras). Mas depois os abraços foram ficando mais fortes, a boca mais próxima ao teu pescoço, à tua orelha, a centímetros dos teus lábios. Mas não! Não era essa a noite que selaríamos com um beijo o torrencial de sentimentos que nos assolavam há algum tempo.


A manhã, foi confusa.


A partida, cedo demais.

Não falámos, mas ambas passámos o dia adormecidas para o resto do mundo mas despertas num qualquer outro lugar desconhecido que nos dominava todos os sentidos.



(foi a primeira vez que encontrei a minha curvinha e senti o que me arrepia ainda hoje)

...continua

4 comentários:

Anónimo disse...

é bom ler estas coisas xD
waiting for the next =P

temos historias parecidas e é bonito xD

Buu disse...

pois é :)

*

Tear disse...

Tenho seguido cada capitulo da vossa história, o vosso amor é tão lindo :)

Fico à espera da continuação...

bj p vcs***

Anónimo disse...

Decididamente o lword ao pé disto é pura ficção,lol.Continua, continua!