Outros Tempos

Ah! Saudades que tenho da Cruz Quebrada. Foi onde tudo começou à meia luz de um estore meio corrido e ao ritmo do bater de dois corações muito acelerados.

Depois o corre corre de idas e idas! ;) para Lisboa ou para Évora. A ansiedade ao bater à tua porta as 2 horas da manhã numa inesperada surpresa que se repetiu vezes sem conta.

As noites de Domingo seguidas de um despertar madrugador regado a papa cerelac (que não como desde aí!). As épocas de exame vividas bem longe da Faculdade.

Seguiu-se outra paisagem não muito distante da anterior, mas outra casa e a nossa primeira cama de casal. Se bem que a podemos reduzir ao colchão que passava mais tempo no chão de tão coscuvilheira que era a cama que gostava de contar a todos cada movimento nosso (os inocentes também! ;) ). O nosso chinês e aquele prato que nunca nos lembramos do nome, talvez fosse o tlinta e tlês.

Os planos eram outros (de uma maior proximidade que a anterior se possível). Foi doloroso o tempo passado com o grande azul pelo meio, e foram muitos os meses, dias, horas e minutos (todos contados ao segundo). Temos muito que agradecer às novas tecnologias! ;) Os burrinhos da saudade foram incontáveis, marcas de uma distância vivida muito perto do centro do nosso ser. A base segura de um amor que se fortaleceu ainda mais. O turbilhão que a minha vida se tornou com a minha visita, as paisagens que ficaram e a promessa de voltar (agora as duas no mesmo avôio! eheheh).

Agora, indubitavelmente, mais perto mas igualmente próximas e exponencialmente mais apaixonadas.

O futuro não sei o que nos reserva. Ansiamos por uma distância 0km (pelo menos 8h por dia! ;) )

Mas uma coisa é certa. Quando se Vive Bem e se Ama Ainda Melhor, o tempo passa a correr.